efeito caindo

sábado, 24 de novembro de 2012

MEMORIAL DE LEITURA


MEMORIAL: A IMPORTÂNCIA DA LEITURA EM MINHA VIDA

Sempre fui uma criança que gostava de ler, escrever e ouvir histórias (casos, lendas, etc.). Por ter nascido num ambiente letrado, pois meus pais além de gostarem de ler, a minha mãe era professora também; tanto que foi ela quem me ensinou os primeiros rabiscos, as primeiras letrinhas... foi ela que me alfabetizou: já na primeira série, eu já sabia ler convencionalmente e já escrevia muito bem, com poucos erros de ortografia, lembro-me bem desse período. A minha mãe era muito rígida em relação aos estudos, portanto cresci em meio aos livros e por tudo isso, não foi difícil me “apaixonar” pelos livros. Acho que já nasci amando esse mundo letrado.
Durante a minha infância, apesar de não ter tido acesso a muitos clássicos da literatura infantil, pois naquela época a situação era bem precária para nós e na nossa região, mas mesmo assim, eu pegava os meus livros da escola (didáticos) lia com grande fascínio  aquelas pequenas histórias que lá continha.Ah! Como adorava realizar as cópias das histórias dos livros didáticos da escola (era costume daquela época o professor passar como tarefa de casa, que o aluno fizesse a cópia da leitura realizada em sala de aula).
Ainda na infância gostava de ler gibis, revistas, principalmente folhear e ler as revistas “ Nova Escola” que a minha mãe recebia da escola: como eu apreciava todas aquelas imagens lindas...
Volto a frisar que amo a leitura e se eu cheguei hoje onde estou, foi graças a ela (leitura) e a meus pais, que foram os meus grandes incentivadores, foram eles que desde pequenininha me incentivaram a ler e a buscar o conhecimento sempre.
Um fato marcante e até engraçado talvez, desse período da minha vida e que poderia ter deixado marcas profundas e negativas em mim, mas que graças a Deus foi o contrário, aconteceu quando algumas pessoas, amigos da família; não sei se por ignorância ou falta de conhecimento, quando iam à minha casa, achava “estranho” eu não estar brincando com as crianças da minha rua em frente de casa, e sim” grudada” aos livros. Em sua concepção, eles não entendiam como eu “trocava” as brincadeiras com os meus amigos pelos livros, pois sempre que vinham em minha casa me encontrava com um livro na mão, ou escrevendo no meu quarto. E olha que eu gostava de estar com os meus amigos, brincando, fazendo travessuras, mas confesso que a leitura sempre foi a minha paixão. Lembro-me perfeitamente das palavras de indignação que pronunciavam, sempre que me encontravam diante daquela situação (com um livro na mão). Diziam “Esta menina vai ficar ‘ louca’ de tanto ler e de tanto estudar.” Estas palavras me marcaram até hoje! Mas não os culpo, pois sei que estas pessoas, algumas nem alfabetizadas eram e muito menos conheciam o mundo letrado, outros tinham pouca escolaridade. Este fato me marcou demais, mas graças a Deus não tirou de mim o amor pela leitura.
Quando cheguei à adolescência, o primeiro livro infanto-juvenil que li e que adorei foi A Droga da Obediência, de Pedro Bandeira. Lembro-me que foi presente da minha prima. Devorei, literalmente, o livro em apenas um dia!
Nesta época fui apresentada, principalmente no colégio, a diversos gêneros literários (poemas, clássicos literários, sonetos, etc.) Como eu também era uma adolescente muito romântica e sonhadora, lia também romances, tipo: Julia, Sabrina, Bianca, sempre “sonhando” com um príncipe encantado. Que mulher em algum momento da sua vida ainda não fez este tipo de leitura?
No Ensino Médio, era comum alguns professores proporem atividades de cunho avaliativo, a leitura de algum clássico literário indicado por eles. Alguns dos meus colegas de classe odiavam a referida atividade, acabando por fim, realizando aquela atividade por pura obrigação, para não ficarem sem nota na disciplina. Contudo eu e alguns dos meus colegas líamos e realizávamos a atividade por mero prazer, e não só para aprender sobre aquele determinado autor, àquela história, ou a que “escola” literária ele pertencia.
Hoje a leitura ainda faz parte da minha vida, não como eu gostaria que fosse, pois a falta de tempo (filhos, trabalho, casa), infelizmente não me permite a desfrutar deste mundo literário como antes. Eu sempre tinha um livro de cabeceira ao meu lado.
Atualmente a maior parte das leituras que faço, são destinadas à minha formação acadêmica, o qual queria eu poder ter em casa um acervo literário, com  livros dos teóricos da área educacional que admiro e me inspiro, mas confesso que a minha condição financeira não me permite no momento.Realizo também leituras de textos , revistas científicas, artigos,projetos, etc., indicados pelos professores da Faculdade que freqüento ( Pedagogia) e leio também muitas revistas informativas e de entretenimento, além de ter o prazer, mesmo que cansada às vezes, de ler para os meus filhos antes deles dormirem, pois quero transmitir  a eles o amor que tenho pela leitura e a importância que ela tem na nossa vida.
Sei que quando terminar o meu curso na Faculdade (pretendo fazer uma Pós-Graduação, também), pretendo voltar a realizar as leituras que tanto gosto (livros de auto-ajuda, ficção, infanto-juvenis, autores que admiro, etc). E o primeiro da minha lista que sempre tive vontade de ler e que não tive oportunidade de lê-lo na minha infância será “O Pequeno Príncipe”.
Enfim, a leitura para mim é a minha vida, o meu refúgio, a minha esperança e o meu acalento. Sem ela não sou e nem serei ninguém. Leio porque acredito em seu poder de transformar o mundo, de mudar as pessoas, enfim fazê-las felizes.


AUTORA: Joseane Lopes Brandão/ Graduanda em Pedagogia.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem seus comentários!