MEMORIAL: A IMPORTÂNCIA DA LEITURA EM MINHA VIDA
Sempre fui uma
criança que gostava de ler, escrever e ouvir histórias (casos, lendas, etc.). Por
ter nascido num ambiente letrado, pois meus pais além de gostarem de ler, a
minha mãe era professora também; tanto que foi ela quem me ensinou os primeiros
rabiscos, as primeiras letrinhas... foi ela que me alfabetizou: já na primeira
série, eu já sabia ler convencionalmente e já escrevia muito bem, com poucos
erros de ortografia, lembro-me bem desse período. A minha mãe era muito rígida
em relação aos estudos, portanto cresci em meio aos livros e por tudo isso, não
foi difícil me “apaixonar” pelos livros. Acho que já nasci amando esse mundo
letrado.
Durante a minha
infância, apesar de não ter tido acesso a muitos clássicos da literatura
infantil, pois naquela época a situação era bem precária para nós e na nossa
região, mas mesmo assim, eu pegava os meus livros da escola (didáticos) lia com
grande fascínio aquelas pequenas
histórias que lá continha.Ah! Como adorava realizar as cópias das histórias dos
livros didáticos da escola (era costume daquela época o professor passar como
tarefa de casa, que o aluno fizesse a cópia da leitura realizada em sala de
aula).
Ainda na infância
gostava de ler gibis, revistas, principalmente folhear e ler as revistas “ Nova
Escola” que a minha mãe recebia da escola: como eu apreciava todas aquelas
imagens lindas...
Volto a frisar que
amo a leitura e se eu cheguei hoje onde estou, foi graças a ela (leitura) e a
meus pais, que foram os meus grandes incentivadores, foram eles que desde
pequenininha me incentivaram a ler e a buscar o conhecimento sempre.
Um fato marcante e
até engraçado talvez, desse período da minha vida e que poderia ter deixado
marcas profundas e negativas em mim, mas que graças a Deus foi o contrário,
aconteceu quando algumas pessoas, amigos da família; não sei se por ignorância
ou falta de conhecimento, quando iam à minha casa, achava “estranho” eu não
estar brincando com as crianças da minha rua em frente de casa, e sim” grudada”
aos livros. Em sua concepção, eles não entendiam como eu “trocava” as
brincadeiras com os meus amigos pelos livros, pois sempre que vinham em minha
casa me encontrava com um livro na mão, ou escrevendo no meu quarto. E olha que
eu gostava de estar com os meus amigos, brincando, fazendo travessuras, mas
confesso que a leitura sempre foi a minha paixão. Lembro-me perfeitamente das
palavras de indignação que pronunciavam, sempre que me encontravam diante
daquela situação (com um livro na mão). Diziam “Esta menina vai ficar ‘ louca’
de tanto ler e de tanto estudar.” Estas palavras me marcaram até hoje! Mas não
os culpo, pois sei que estas pessoas, algumas nem alfabetizadas eram e muito
menos conheciam o mundo letrado, outros tinham pouca escolaridade. Este fato me
marcou demais, mas graças a Deus não tirou de mim o amor pela leitura.
Quando cheguei à
adolescência, o primeiro livro infanto-juvenil que li e que adorei foi A Droga
da Obediência, de Pedro Bandeira. Lembro-me que foi presente da minha prima.
Devorei, literalmente, o livro em apenas um dia!
Nesta época fui
apresentada, principalmente no colégio, a diversos gêneros literários (poemas,
clássicos literários, sonetos, etc.) Como eu também era uma adolescente muito
romântica e sonhadora, lia também romances, tipo: Julia, Sabrina, Bianca,
sempre “sonhando” com um príncipe encantado. Que mulher em algum momento da sua
vida ainda não fez este tipo de leitura?
No Ensino Médio,
era comum alguns professores proporem atividades de cunho avaliativo, a leitura
de algum clássico literário indicado por eles. Alguns dos meus colegas de
classe odiavam a referida atividade, acabando por fim, realizando aquela
atividade por pura obrigação, para não ficarem sem nota na disciplina. Contudo
eu e alguns dos meus colegas líamos e realizávamos a atividade por mero prazer,
e não só para aprender sobre aquele determinado autor, àquela história, ou a
que “escola” literária ele pertencia.
Hoje a leitura
ainda faz parte da minha vida, não como eu gostaria que fosse, pois a falta de
tempo (filhos, trabalho, casa), infelizmente não me permite a desfrutar deste
mundo literário como antes. Eu sempre tinha um livro de cabeceira ao meu lado.
Atualmente a maior
parte das leituras que faço, são destinadas à minha formação acadêmica, o qual
queria eu poder ter em casa um acervo literário, com livros dos teóricos da área educacional que
admiro e me inspiro, mas confesso que a minha condição financeira não me
permite no momento.Realizo também leituras de textos , revistas científicas,
artigos,projetos, etc., indicados pelos professores da Faculdade que freqüento
( Pedagogia) e leio também muitas revistas informativas e de entretenimento,
além de ter o prazer, mesmo que cansada às vezes, de ler para os meus filhos
antes deles dormirem, pois quero transmitir
a eles o amor que tenho pela leitura e a importância que ela tem na nossa
vida.
Sei que quando
terminar o meu curso na Faculdade (pretendo fazer uma Pós-Graduação, também),
pretendo voltar a realizar as leituras que tanto gosto (livros de auto-ajuda,
ficção, infanto-juvenis, autores que admiro, etc). E o primeiro da minha lista
que sempre tive vontade de ler e que não tive oportunidade de lê-lo na minha
infância será “O Pequeno Príncipe”.
Enfim, a leitura
para mim é a minha vida, o meu refúgio, a minha esperança e o meu acalento. Sem
ela não sou e nem serei ninguém. Leio porque acredito em seu poder de
transformar o mundo, de mudar as pessoas, enfim fazê-las felizes.
AUTORA: Joseane Lopes Brandão/ Graduanda em Pedagogia.
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